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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/08/2014 | Cidade
Funcionários do transporte deflagram greve em Mauá
Funcionários do transporte deflagram greve em Mauá Paralisação foi iniciada no Terminal Central no começo da tarde; grevistas querem pagamento de direitos trabalhistas de funcionários incorporados pela Suzantur. Foto: Andris Bovo
Paralisação foi iniciada no Terminal Central no começo da tarde; grevistas querem pagamento de direitos trabalhistas de funcionários incorporados pela Suzantur. Foto: Andris Bovo
Empresário da Viação Cidade Mauá faz fracassar acordo que previa quitação de R$ 2,8 milhões

Até a noite desta quinta-feira (28/08), trabalhadores do transporte público de Mauá, sindicato e Prefeitura não haviam chegado a acordo sobre retorno ao trabalho. A greve no setor começou no início da tarde, após o empresário Baltazar José de Souza, responsável pela Viação Cidade de Mauá, descumprir acordo firmado dias antes e não pagar os direitos trabalhistas de pelo menos 140 funcionários. De acordo com a Administração, mais de 100 mil moradores utilizam todos os dias o transporte público da cidade. A ameaça de greve já era aventada desde segunda-feira (25/08).

O secretário de Governo, Edilson de Paula, buscou uma forma de que pelo menos parte da frota voltasse às ruas na manhã desta sexta-feira. Até o fechamento desta edição, não havia acordo entre sindicato e Prefeitura.

Um pacto firmado por Baltazar na terça-feira (26/08) previa o pagamento de R$ 2,8 milhões do passivo da Viação Cidade de Mauá. Porém, apenas 70 funcionários receberam os direitos e, conforme informações do Sintetra (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte), Baltazar teria suspendido o restante da quitação. Além disso, o empresário não se comunicou com funcionários, dirigentes sindicais e Prefeitura.

Assim, os trabalhadores decidiram pela greve após Baltazar cancelar o pagamento de direitos trabalhistas para 140 funcionários. “Acontece que ele não cumpriu o que acordamos nesta semana e não deu explicações”, disse Marcos Antônio Aleixo, diretor de comunicação do Sintetra.

Terminal fechado - Diante da atitude de Baltazar, a diretriz definida pelo sindicato na tarde desta quinta-feira (28/08) não seria outra: o Terminal Central foi fechado, todos os funcionários voltaram para suas casas e mais de 200 veículos retornaram à garagem da empresa. O início do movimento não registrou conflitos entre grevistas e passageiros. Porém, muita gente teve de caminhar bastante para chegar em casa. “A gente entende que os trabalhadores não podem ficar sem pagamento. Agora, é esperar para ver o desfecho dessa história”, comentou a diarista Andreia de Fátima dos Santos, 42 anos. Do Terminal Central até a residência, ela estimou 45 minutos de caminhada.

Não foi diferente para a auxiliar Maria Aparecida da Silva, 49 anos, que queria chegar cedo em casa, no Jardim Cruzeiro. “O que posso fazer é ir a pé. Espero que esse problema se resolva logo”, falou.

A frota de ônibus de Mauá é composta por 210 veículos, distribuídos por 49 linhas. A Viação Cidade de Mauá opera 17 linhas e a Suzantur opera 32 linhas. Os motoristas da Suzantur, contudo, também foram impedidos pelos grevistas de operar durante parte do dia. O responsável pela Viação Cidade de Mauá não atendeu aos telefonemas da reportagem.

Problema se arrasta desde o ano passado
A Prefeitura de Mauá lembrou, em nota, que o imbróglio envolvendo a empresa de Baltazar se arrasta desde no ano passado. Em novembro de 2013, decisão judicial declarou inidôneas a Viação Cidade de Mauá e a outra empresa que prestava serviços na cidade, a Leblon, por fraude no sistema de bilhetagem do transporte municipal. Por conta dessa decisão, a Prefeitura descredenciou as duas empresas, e contratou emergencialmente a Suzantur para prestar os serviços. A Suzantur, que opera na cidade em caráter provisório, foi assumindo paulatinamente as linhas, e hoje controla cerca de 60% do transporte municipal.

Neste mês de agosto foi concluído processo licitatório para escolher uma nova empresa concessionária, e a vencedora foi a Suzantur, que até dezembro deve assumir oficialmente o serviço, por meio de contrato com duração de 10 anos, renováveis por mais 10.

Pelo novo contrato, a população ganhará um transporte renovado. A nova concessionária terá que aumentar a frota de 210 para 250 ônibus, o que diminuirá o intervalo entre os veículos. Todos os ônibus serão zero quilômetro, com acessibilidade, GPS e câmeras, garantindo maior controle dos horários e segurança. Além disso, a empresa terá que instalar 300 novos abrigos de ônibus na cidade.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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