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ABCD ‘'cresce'’ duas cidades
DATA DA PUBLICAÇÃO 28/08/2014 | Setecidades
Sabesp investe pouco para universalizar saneamento no ABCD
Sabesp investe pouco para universalizar saneamento no ABCD Esgoto a céu aberto ainda é problema a ser solucionado em vários bairros; coleta não é ruim na Região, mas tratamento atinge no máximo 32,8% nas cidades avaliadas. Foto: Amanda Perobelli
Esgoto a céu aberto ainda é problema a ser solucionado em vários bairros; coleta não é ruim na Região, mas tratamento atinge no máximo 32,8% nas cidades avaliadas. Foto: Amanda Perobelli
Na Região, companhia estadual perde apenas para a extinta Saned de Diadema

Das companhias que cuidam do saneamento no ABCD, a Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo) é a empresa que menos investe na universalização dos serviços de esgoto. É o que apontam os dados do Ranking do Saneamento 2014, divulgado nesta quarta-feira (27/08) pelo Instituto Trata Brasil. O documento faz um diagnóstico dos principais indicadores de saneamento básico das 100 maiores cidades brasileiras em termos de população. Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá são citados no levantamento.

“Estamos falando das maiores cidades do País, em número de população, e que, portanto, têm recurso, mas que pouco avançam”, analisou o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos. Para fazer o diagnóstico, o Trata Brasil consultou a base de dados do SNIS 2012 (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) do Ministério das Cidades.

Conforme o diagnóstico, a Sabesp investiu apenas R$ 61,33 milhões dos R$ 269,21 milhões que arrecadou em serviços no ano de 2012 em São Bernardo. Isso significa apenas 22,7% do montante. O resto do dinheiro foi lucro. O número da Sabesp está abaixo da média nacional, que é de 32%, e das demais autarquias do ABCD analisadas no levantamento. “Estamos falando de infraestrutura básica que todas as cidades deveriam ter desde o século 19”, ressaltou Édison Carlos.

Semasa lidera - Das demais cidades da Região, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) foi o que mais investiu. Em 2012, a autarquia arrecadou R$ 123,52 milhões e investiu R$ 114,32 milhões, o que representa 92,5%. Já a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), com a Odebrecht Ambiental, recolheu R$ 114,11 milhões em Mauá e desse total reverteu R$ 43,58 milhões em obras, o equivalente a 38,19% do valor arrecadado.

No ABCD, os investimentos da Sabesp ficam à frente apenas da extinta Saned (Companhia Ambiental de Diadema), assumida justamente pela estatal em março último. Conforme os dados, em 2012, a companhia investiu apenas 9,2%. Isso significa que a Saned arrecadou R$ 100,89 milhões e investiu apenas R$ 9,35 milhões.

Em fevereiro deste ano, outro estudo do Instituto Trata Brasil, desta vez sobre os benefícios da universalização do saneamento no Estado de São Paulo, mostrou o baixo investimento da Sabesp. A companhia, que atende aproximadamente 27,7 milhões de pessoas (67% da população urbana do Estado), investiu R$ 2,54 bilhões. O número representou apenas 65% do investimento médio anual necessário para a universalização dos serviços de água e esgoto sanitário no Estado.

Esgoto é coletado, mas falta fazer o tratamento
De acordo com os dados do Ranking do Saneamento 2014, o índice de esgoto coletado no ABCD não é ruim. Santo André, São Bernardo e Diadema coletam mais de 90% do esgoto gerado, enquanto Mauá coleta 82,8%.

O problema é que a maior parte desse material vai parar nos rios, córregos e na represa Billings, porque não há redes intercessoras e coletores troncos para levarem o esgoto até a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) ABC, o que torna o tratamento dos dejetos o maior desafio.

Para o presidente executivo do Instituto Trata Brasil Édison Carlos, a falta de investimento e de políticas públicas vão prejudicar as metas das autarquias e companhias para a universalização do tratamento de esgoto sanitário para o ABCD, que até então variava entre 2015 e 2018. “No ritmo que vai, levaremos mais duas décadas e pouco se avançará no tratamento de esgoto”, argumentou Édison Carlos.

Das cidades do ABCD citadas no levantamento, atualmente Santo André é a que mais coleta o esgoto na Região, com índice de 32,82%. Em seguida vem São Bernardo (17,32%), Diadema (11,14%) e Mauá (6,27%). Essa também é a ordem que as cidades ocupam no ranking do saneamento das 100 cidades brasileiras avaliadas no levantamento.

Santo André ocupa a 24ª colocação, subindo duas colocações em relação ao ano passado. São Bernardo está em 38º lugar e subiu uma posição. Diadema está na 48ª colocação e foi a única cidade do ABCD que caiu em relação ao ano passado, quando ocupava o 35º lugar. Já Mauá, ocupa este ano a 57ª posição e no ano passado estava em 62º lugar.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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