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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/08/2014 | Setecidades
Crescem denúncias de maus-tratos a idosos
 Crescem denúncias de maus-tratos a idosos Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Denúncias registradas pelo Disque 100, que recebe demandas relativas a violações de Direitos Humanos, mostram números alarmantes para o Grande ABC quando a questão é relacionada à violência contra os idosos. Em 2012, o serviço telefônico da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República recebeu 288 queixas vindas das sete cidades, envolvendo agressões físicas e psicológicas, negligência ou abuso econômico. Em 2013, o número saltou para 802, crescimento de 178,5%. Na região, a população acima de 60 anos é composta por 278.149 pessoas, segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As denúncias recebidas pelo Disque 100 são analisadas e encaminhadas aos órgãos de proteção, defesa e responsabilização em Direitos Humanos no prazo máximo de 24 horas. Chegando às delegacias, é feita triagem para averiguação da demanda. “Tudo o que chega pelo Disque 100 ou diretamente pelo nosso telefone é verificado pela equipe, pois muitos casos não se confirmam, são infundados”, explica a responsável interina pela Delegacia do Idoso de São Bernardo, Teresa Alves de Mesquita Gurian. Lá, estão abertos 110 inquéritos policiais.

Mesmo que a denúncia seja improcedente, o trabalho dos delegados nunca é perdido, afinal, muitas vezes o que as pessoas carecem é de um pouco de atenção. “Quando a ocorrência chega para nós, é social. Fazemos triagem para checar, mas já nesse processo se dá um amparo muito grande”, ressalta o delegado de Diadema, Pedro Jordão.

Dos sete municípios, Santo André foi o que apresentou maior número de registros: 138 em 2012 e 328 em 2013, sendo negligência e violência psicológica os principais tipos de violação denunciados.

Para o delegado Darci Freitas, titular da Delegacia do Idoso andreense, que atende também os municípios de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o número pode ser ainda maior por conta da demanda reprimida. “Muita gente ainda não procura. Quem sabe se, divulgando mais, a pessoa conheça seus direitos e procure o serviço”, diz ele, acrescentando: “Conforme os casos aparecem, estimulam outros que estão passando pelo mesmo problema a denunciar, pois ninguém quer dar o primeiro passo, com medo do que pode acontecer. Mas, quando veem que a polícia e a Justiça tomam providências, isso proporciona confiança”. Neste ano, no distrito, 178 boletins de ocorrência para investigação foram abertos e 41 inquéritos estão em andamento.

Na delegacia andreense, as denúncias podem ser feitas pelo telefone 4425-6508; pessoalmente, na Rua Filinto de Almeida, 115, Vila Gilda (ambos das 9h às 19h, de segunda a sexta-feira), ou pelo do e-mail sandre.idoso@policiacivil.sp.gov.br.

Em São Bernardo, a Delegacia do Idoso fica na Rua Kara, 128, Jardim do Mar. O telefones é o 4124-6991. Em Diadema, o endereço é Rua Santa Maria, 27, Centro, e o telefone 4048-2826. Ambas funcionam das 9h às 18h, em dias úteis.

Reclamações caíram 37% no primeiro semestre de 2014

Se o cenário do último ano mostrado pelo Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos assusta, em 2014 as denúncias têm mostrado queda, ao se comparar o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2013. De janeiro a junho do ano passado, foram registradas 246 chamadas , caindo para 155 até a metade deste ano, o que representa queda de 37%.

Em todo o País, entre janeiro de 2011 e março de 2014, o Disque 100 recebeu 77.059 denúncias envolvendo pessoas acima de 60 anos. Em 68,7% dos casos houve negligência, enquanto 59,3% tiveram violência psicológica. O abuso financeiro e econômico apareceu em 40,1% das ocorrências e a violência física, em 34%. Geralmente, os agressores são pessoas da própria família. Para a delegada interina da Delegacia do Idoso de São Bernardo, Teresa Alves de Mesquita Gurian, os laços afetivos travam, em grande parte das situações, as reclamações. “Muitas vezes, os idosos agem com o coração, pois é difícil tomar uma atitude contra alguém que é do seu sangue. Mas eles têm que denunciar, não podem se submeter à situação por parte de parentes ou outras pessoas que se aproveitam da fragilidade da idade.”

Segundo os últimos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o Brasil possui 24,8 milhões de idosos. O aumento da expectativa de vida no País – hoje 73,9 anos – exige a adoção de ações voltadas para esse segmento. “É preciso oferecer atenção maior às pessoas da terceira idade, com mais órgãos que proporcionem atividades, enfim, um local onde fiquem durante o dia, voltando ao fim dele para o convívio familiar”, salienta Teresa.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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