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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/07/2014 | Economia
E-commerce de refeições deve se fortalecer
E-commerce de refeições deve se fortalecer Foto: Divulgação
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O tradicional pedido de comida por telefone deve se transformar nos próximos anos, com a adesão cada vez maior dos consumidores às tecnologias dos smartphones e tablets. De acordo com especialistas, há tendência crescente de compras on-line também na área de alimentação.

Os números ainda são incipientes no Brasil, mas as perspectivas são promissoras. Levantamento da e-bit que reúne estatísticas sobre o e-commerce nacional aponta que as vendas de alimentos e bebidas via internet corresponderam em 2013 a apenas 1% do total do comércio eletrônico no País (que movimentou R$ 28,8 bilhões no ano passado), mas há forte potencial de crescimento, afirma o diretor executivo dessa entidade, Pedro Guasti. Ele cita que, nos Estados Unidos, o segmento alimentício representa 5% do total das compras on-line, mas o mercado norte-americano de vendas via internet é mais de 20 vezes maior que o do Brasil.

De olho na tendência de expansão do mercado brasileiro, a Hellofood, multinacional presente em mais de 40 países, desembarcou no Brasil em fevereiro, em São Paulo, e expandiu nos meses seguintes com a abertura de filiais em outras capitais (Curitiba, Brasília, Goiânia, Salvador, Recife e Fortaleza) e a aquisição de três companhias concorrentes: JánaMesa, MegaMeu e Peixe Urbano Delivery.

Neste mês, ela chegou ao Grande ABC. A empresa tem plataforma para que restaurantes se cadastrem (fornecendo cardápio, preços, área de entrega e horários de funcionamento, por exemplo), para que o consumidor faça o pedido de comida pela web. Em todo o Brasil, já há 2.000 estabelecimentos inscritos, 120 deles na região. O CEO (executivo-chefe) e fundador da companhia no Brasil, Marcelo Ferreira, concorda que há grande potencial para crescer no País. Hoje, segundo ele, as vendas on-line de refeições representam só 5% do total de pedidos de delivery, já que a maior parte é por telefone. No entanto, a demanda tem agradado. O crescimento do volume de pedidos de refeições é de 10% por semana, diz Ferreira.

Ele destaca que há locais cadastrados que já chegam a ter 40% das encomendas feitas via internet, por meio da Hellofood no País. A ideia, afirma ele, é ser uma praça de alimentação on-line, com a vantagem de não ter custo adicional aos clientes, em relação ao delivery por telefone. A empresa cobra percentual dos restaurantes sobre os pedidos realizados. O grupo mundial recebeu, neste ano, aporte de US$ 20 milhões de investidores, o que permitiu chegar a mais países – abriu recentemente filiais na Croácia, Bulgária, Sérvia, Azeirbaijão e Uganda, entre outros – e ampliar as operações no Brasil.

NICHOS - Guasti, da e-bit, cita ainda que, nos Estados Unidos, se observa o surgimento de muitos portais segmentados: desde sites de cervejas, chocolates, até alimentos sem glúten, produtos com baixo nível de açúcar, até caixas com alimentos crus com receita de comidas sofisticadas para o preparo pelo consumidor.

A tendência de nichos é percebida no País. Um exemplo é a Marmita Fitness, de São Caetano, que aposta em refeições prontas saudáveis para emplacar na web.

Site comercializa marmita saudável

Depois de passar oito meses nos Estados Unidos, o administrador de empresas Diego Carvalho Martin percebeu que no mercado norte-americano havia grande número de opções de comércio de alimentação saudável e, na volta ao Brasil, surgiu a ideia de vender pratos prontos balanceados pela internet.

Com o suporte de nutricionista, ele e a irmã e sócia, Caroline, montaram há pouco mais de um mês o portal Marmita Fitness, que tem sede em São Caetano. “A gente teve a preocupação de ter certo embasamento”, diz o empresário. O investimento foi pequeno (cerca de R$ 30 mil), mas as expectativas são grandes e se baseiam também em números do mercado. De acordo com a consultoria especializada Euromonitor, há previsão de crescimento de 6,9% nas vendas de produtos com redução de sal, açúcar e gordura na América Latina neste ano, na comparação com 2013.

De olho no consumidor que se preocupa com o bem estar, o site dispõe de porções individuais e kits semanais (com café matinal, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar), com tabelas nutricionais dos alimentos e a possibilidade de os clientes personalizarem os pedidos, fazendo algumas alterações nos ingredientes e no tamanho das porções.

Martin destaca que os pratos feitos pela empresas não são congelados, mas embalados por meio de sistema de fechamento com atmosfera modificada, para conservar por mais tempo os nutrientes. “O cliente recebe o alimento fresco, sem conservante. Também é possível fazer o congelamento, mas esse é o nosso diferencial”, diz.

Por enquanto, a empresa tem raio de atuação no Grande ABC e alguns bairros de Capital, mas a intenção é, ao longo do tempo, ir ampliando essa área de abrangência.

Com a ajuda de blog (com link pelo site) e dicas de alimentação saudável no portal, a procura mostra sinais favoráveis, embora a Copa do Mundo tenha atrapalhado um pouco, avalia o empresário. A meta é, no prazo de um ano e meio, comercializar, pelo menos, 30 kits semanais, e faturar cerca R$ 24 mil por mês.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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