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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/07/2014 | Política
Grande ABC tem 45% candidatos a menos
Grande ABC tem 45% candidatos a menos Foto: Andréa Iseki/DGABC
Foto: Andréa Iseki/DGABC
O cruzamento de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o registro de candidaturas dos 32 partidos indica que 98 postulantes do Grande ABC entraram na corrida pelo voto por vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal. O número é 45% inferior do que quatro anos atrás, quando 178 pretendentes com domicílio eleitoral na região disputaram a eleição. À época, foram 74 pleiteantes ao cargo federal e 104 a estadual. Neste ano, são 43 ao Congresso e 55 à Assembleia.

A quantidade expressiva de concorrentes não é indicativo de sucesso nas urnas. Em 2010, apenas 5,61% conseguiram se eleger – sete para a Assembleia e três para a Câmara Federal. Nesta eleição, caso a proporção se repetisse, o Grande ABC faria ao menos cinco parlamentares em universo de dois milhões de eleitores, representatividade abaixo das expectativas de outros páreos. No pleito de 2006, por exemplo, a região alcançou o percentual de 9,1% ao garantir nove cadeiras no Parlamento paulista e dois no Congresso.

Em contrapartida, dirigentes partidários avaliam que o cenário atual, com a queda de 80 candidaturas, deve contribuir para ampliar a bancada regional. Candidato a estadual e presidente do PT de Santo André, Luiz Turco afirmou que o cenário protagonizado na legenda dá o tom da mudança, que lançou só um à Assembleia e dois à Câmara Federal – em 2010, foram três a estadual. “Dialogamos para ter o mínimo de candidaturas possível exatamente para aumentar a chance de eleger representante.”

Mandatário do PSDB de Diadema, o vereador José Dourado frisou que, neste processo, houve maior consenso em torno de “candidaturas fortes na região”. Segundo o tucano, na eleição anterior, teve “muita divisão”. “Um nome e outro acabam tirando 3.000, 5.000 votos de alguém quando sai na cidade, com pouco apoio, mas que pode faltar para a eleição de deputado. Concentrando os votos, como parece agora, em lideranças políticas, oferece chance maior de obter êxito e acréscimo da bancada.”

Para o presidente do PMDB andreense, Nilson Bonome, postulante a estadual, os partidos estão “reduzindo por si só” ao relatar enfraquecimento de algumas siglas na região, como PSDB e PTB. “Vejo que conjuntura política resultou em menos pleiteantes com disposição de enfrentar as urnas”. O tucanato apresenta seis candidaturas, mas somente a de Morando sairá com destaque. Os petebistas, por sua vez, terão só três nomes. Os peemedebistas lançaram dez filiados. No PV, são 12 quadros e Psol, dez. O PT é a legenda com maior número de postulantes: 13 no total.

Na eleição passada, o ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT) foi eleito deputado federal com maior percentual entre os quadros da região, ficando na 28ª posição no ranking geral, com 149,5 mil votos. O petista ficou dois anos no Congresso, posto que deixou para assumir cargo de secretário de Saúde no governo de Fernando Haddad (PT) em São Paulo. Dos eleitos, o ex-prefeito de São Bernardo William Dib (PSDB) foi o último da lista, com 113,8 mil sufrágios.

Para a Assembleia, o deputado Orlando Morando (PSDB) se reelegeu com 138,6 mil votos e encabeçou o rol regional, na 14ª colocação geral. Pelo PDT na oportunidade, José Bittencourt (PSD) renovou o mandato, mas teve a menor votação neste panorama. Ele angariou 58,9 mil sufrágios.

Por Fábio Martins - Diário do Grande ABC
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