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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/04/2014 | Política
Diadema instala psiquiatria ao lado da ala para crianças; mães têm medo
Diadema instala psiquiatria ao lado da ala para crianças; mães têm medo Mães fazem relato de medo com serviço do hispital. Foto arquivo ABCD MAIOR
Mães fazem relato de medo com serviço do hispital. Foto arquivo ABCD MAIOR
Prefeitura resolveu que tratamento de pessoas com transtornos mentais seja no mesmo andar que pediatria

Além da falta de médicos e das longas filas de esperas nas unidades de Saúde, as mães de Diadema ganharam mais um motivo para se preocupar. Desde a semana passada, o governo do prefeito Lauro Michels (PV) instalou no sétimo andar do Hospital Municipal, no Bairro Piraporinha, a unidade de tratamento para adultos com transtornos mentais em fase aguda. Entretanto, no mesmo andar, está alocado o setor de pediatria, o que tem causado problemas e assustado os pais que levam seus filhos ao hospital.

A enfermaria psiquiátrica começou a funcionar no Hospital Municipal desde 8 de abril, após determinação da Secretaria de Saúde, sob comando de José Augusto da Silva Ramos (PSDB). Antes, o atendimento era realizado no Pronto Socorro Central.

Uma moradora da cidade que não quis se identificar relatou que a divisória entre as alas é de madeira e não há guardas para garantir segurança na ala pediátrica. Conforme relato da visitante, é comum mães e filhos testemunharem, no elevador, pessoas presas em macas com destino à unidade psiquiátrica. “Acho que (os setores) deveriam ser em andares diferentes. Os pacientes (com transtornos mentais) passam pelo corredor e as mães ficam com medo. Deveria também ter segurança”, detalhou.

A dona de casa Cleonice Ferreira, 41, permaneceu ao lado de seu filho no Hospital Municipal por uma semana. Nesse período, a mãe teve de dividir a preocupação destinada à criança com os pacientes da ala vizinha. “Nos dias em que estive lá, um internado tentou fugir e uma enfermeira disse que todos deveriam entrar na sala (da ala pediátrica), pois não havia como responsabilizar se ocorresse algo”, relatou.

Cleonice ainda ouviu relatos de outras mães que sofriam durante a noite com os barulhos dos pacientes com transtornos mentais. “Disseram que a noite inteira havia gritos e batiam na parede (de madeira). No quarto da pediatria, uma mulher disse que seu bebê acordava por causa dos sons. A pessoa com problema mental não tem noção. Então eles podem entrar em qualquer porta, pegar a crianças, funcionários. Isso deixa todos preocupados”, completou.

Há nove dias com a filha internada no Hospital Municipal, Priscila Mayara, 24, teve grande susto na quarta-feira (16/04). “Estava no corredor com a minha filha no colo e o paciente da ala de psiquiatria foi em minha direção. E aí eu entrei na sala (para me proteger). Fiquei branca na hora. Durante a noite, eles ficam falando palavrão, xingam e gritam”, disse.

Em nota, a Prefeitura de Diadema informou que, com base na lei federal 10.216/02, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária, garantindo a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade.

Por Bruno Coelho - ABCD Maior
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