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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/10/2007 | Educação
30 alunos acampam na Fundação
As carteiras escolares da Fundação Santo André deram espaço na manhã de terça-feira para pão, leite e manteiga. Na entrada da Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras), uma caixa de papelão com uma placa de ‘doações’ guarda a primeira contribuição do dia feita aos alunos acampados desde segunda-feira: um pacote de bolachas de maisena.

São cerca de 30 estudantes que se revezam em 20 barracas instaladas no pátio central da faculdade. Alguns vêm de bairros como Rudge Ramos e Demarchi, áreas nobres de São Bernardo, mas não gostam de se encaixar em classe social. “Queremos o fim das classes. Não nos vemos em nenhuma delas. Somos marginalizados”, diz um deles.

O acampamento é itinerante, com revezamento de estudantes. Parte deles está lá desde o dia seguinte à ocupação da reitoria, quando as barracas ficavam do lado externo. Os mais engajados abandonaram o emprego para se dedicar apenas ao movimento que pede o afastamento do reitor Odair Bermelho.

A regra é ter sempre uma atividade acontecendo enquanto o curso está em greve. Nas tardes, o tempo é preenchido com oficinas de malabares e, aos sábados, com festivais de filmes. Os últimos transmitidos foram O grande ditador, de Charles Chaplin, e uma versão pirata do brasileiro Bope – Tropa de Elite.

Os integrantes do acampamento asseguram manter a disciplina: fica proibido ingerir bebidas alcoólicas, acordar tarde ou fazer festinhas de madrugada. Os meninos reclamam do número excessivo de homens povoando as barracas, já que as namoradas ainda não estão permitidas.

A trilha sonora do movimento é eclética. “Outro dia coloquei música clássica e quando voltei já tinham trocado por Rebeldes”, conta um acampado.

A comida vai além dos pacotes de bolacha. Tem arroz e feijão para todo mundo, feitos com o auxílio de um fogão de duas bocas. Os banhos acontecem no chuveiro da Fundação. “É um absurdo. Só tem um com água quente”, reclama uma acampada.

A idéia é ficar ali até que a administração da reitoria seja afastada. “Eles nos expulsaram de lá, mas não vão nos tirar daqui!”

Assembléia - Alunos e professores paralisados aprovaram terça-feira em assembléia o envio de uma carta à Prefeitura exigindo um posicionamento dos conselheiros da administração municipal a respeito do movimento. Foi marcada também uma nova passeata no sábado que vem da Fundação ao Paço Municipal. (Colaborou Bruno Ribeiro)
(Supervisão de Heloísa Cestari)

Por Vanessa Selicani - Especial para o Diário / Foto: Thales Sthedler
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