NOTÍCIA ANTERIOR
Queda de Russomanno abre crise na campanha
PRÓXIMA NOTÍCIA
Serra e Haddad superam Russomanno e farão segundo turno em São Paulo
DATA DA PUBLICAÇÃO 06/10/2012 | Política
20% dos eleitores da região não escolheram os candidatos a prefeito
A dois dias da votação, muitos eleitores da região ainda não decidiram quem escolher para assumir a administração do Paço Municipal. A média de indecisos ou de pessoas que irão votam nulo ou branco gira em torno de 20% nas cidades do ABC. E, de acordo com especialistas em Marketing Político, este número não deve cair, já que o índice reflete também a média nacional.

Para Marcelo Cruz, coordenador dos cursos de marketing da Universidade Metodista de São Paulo e especialista em Marketing Político, diz que é preocupante ter um quinto de eleitores indecisos nesta altura do campeonato, mas acredita que o índice deve cair no dia da votação. “Muitas pessoas não sabem em quem votar e acabam omitindo a opinião nas pesquisas. Então esse número acaba sendo alto, mas efetivamente tem gente que vota na legenda, o que acaba diminuindo essa quantidade de votos desperdiçados”, diz.

Sidney Kuntz, especialista em Marketing Político e pesquisa eleitoral também acredita que o índice de votos brancos e nulos será alto, mas que a média deve ser menor que 20%. “Muitos esperam até a última hora para votar de acordo com alguma situação nova que se apresente”, explica Kuntz.

Efeito Lula

Neste primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em quatro cidades da região para promover os candidatos petistas. Luiz Marinho o recebeu em São Bernardo em 22 de setembro. No dia seguinte, Carlos Grana e Mário Reali contaram com o apoio do maior cabo eleitoral do PT em Santo André e Diadema. Mauá foi a escolhida para fechar o ciclo de comícios do ex-presidente na região no dia 24. Além dos comícios, fotos do líder do PT são massivamente usados em cartazes de candidatos a prefeito e vereadores.

De acordo com especialistas, a transferência de imagem de Lula é importante para os candidatos. “Sempre quem se alia a nomes populares como o do ex-presidente Lula, com 80% de aprovação e de Dilma, com 70, ganha benefícios, pois o link com estas figuras diz implicitamente que a possibilidade de aproveitamento dos recursos federais será maior”, garante Sidney Kuntz.

No entanto, contar apenas com padrinhos políticos não decide o pleito. “O Lula é a maior liderança política nos País, mas a população aprendeu que o lula é um político que está acima das discussões municipais. Ou seja, o lula é importante, mas não vai governar Santo André ou Mauá. Por isso, o candidato tem de ter projetos, tem de se mostrar preparado”, relata Nilton Tristão, sociólogo e diretor do Instituto de Pesquisa Opinião.

Uma das formas de se mostrar preparado é a participação nos debates que é importante para que os eleitores possam analisar a postura e as propostas dos prefeituráveis, desde que o alcance do debate seja grande. “Em uma cidade como Santo André, que tem a dificuldade de ter instrumentos efetivos de comunicação, como a televisão, os debates não representam quase nada, porque a maioria da população não tem acesso a esse evento. Então o debate não leva a lugar nenhum”, pontua Tristão.

“É um absurdo que com PIB [Produto Interno Bruto] que possui, o ABC não tenha horário político televisionado. Isto faz com que o eleitor demore a reconhecer os candidatos, que usam ainda mais os cavaletes, já que não podem basear a campanha apenas no corpo a corpo”, critica Sidney Kuntz.

Assim como Sidney Kuntz, Marcelo Cruz concorda que o uso do cavalete é necessário, mas afirma que este pouco influencia o resultado da eleição. “O efeito em voto é pequeno, mas não ter o cavalete é pior, porque o candidato deixa de existir. Sem horário político na TV, os candidatos que não tiverem cavaletes espalhados pela cidade terão um esforço pessoal muito grande para conseguir se eleger.”

Saúde

A Saúde foi o tema que pautou os debates dos candidatos às prefeituras municipais da região. Isso porque, de acordo com especialistas políticos, o tema é estratégico para conquistar votos entre a população de baixa renda, já que esta é a que mais sofre com a qualidade do atendimento médico nos postos de saóde. “A saúde vai continuar sendo tema por bom tempo, pois a defasagem do serviço é grande e serão necessários muitos projetos para torná-la tolerável. Existem queixas dos usuários tanto ao sistema público quanto ao particular., porque a rede pública não atende demanda e a particular comete abusos”, finaliza Kuntz.

Por Camila Bezerra
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Política
25/09/2018 | Bolsonaro inicia dieta branda e faz caminhada fora do quarto, diz boletim
21/09/2018 | Bolsonaro diz nunca ter cogitado volta da CPMF e fixa postagem no seu Twitter
20/09/2018 | Ibope: Em São Paulo, Bolsonaro se isola com 30% das intenções de voto
As mais lidas de Política
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7689 dias no ar.