NOTÍCIA ANTERIOR
Senado autoriza verba de mais de R$ 1 bilhão para despoluir o rio Tietê
PRÓXIMA NOTÍCIA
Prefeitura de São Paulo libera decoração sem propaganda na primeira Copa com lei Cidade Limpa
DATA DA PUBLICAÇÃO 06/06/2010 | Geral
14ª Parada Gay de SP começa com tom político e vaias para a homofobia
A 14ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo teve início às12h55 deste domingo (6), assumindo um tom político. Os organizadores levam para a Avenida Paulista a reivindicação de que a luta contra a homofobia seja assumida pelos candidatos durante as eleições deste ano. A Parada teve início após a execução do Hino Nacional numa versão eletrônica, dando o clima da festa.

Os trios elétricos concentrados em frente ao Museu de Arte de São Paulo, o Masp, devem percorrer a Avenida Paulista até a Rua da Consolação. São esperadas cerca de 3 milhões de pessoas.

Na edição 2010, a Parada Gay tem como tema “Vote contra a homofobia, defenda a cidadania”. Nos discursos antes do início do desfile dos trios elétricos, foram pedidas vaias para os políticos homofóbicos e a reivindicação dos direitos civis dos homossexuais.

'Cidadania plena' será discutida nas eleições, diz Goldman sobre a ParadaMesmo com o frio, fantasias para a Parada Gay deixam as 'pernas de fora'"A gente conquistou o Dia Nacional Contra a Gomofobia. Essa não é uma conquista pequena, mas temos mais a conquistar. Vamos fazer uma festa linda, com muito beijo na boca", disse o ex Big Brother Jean Wyllys. A lei que institui o dia 17 de maio como Dia Nacional Contra a Homofobia foi assinada na última semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Queremos denunciar de onde vem o preconceito institucional e orientar a votar em candidatos tolerantes diversidade e comprometidos com os direitos humanos. Esse ano nós queremos preto no branco, não vamos tolerar mais candidatos que só prometem”, disse o presidente Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), Alexandre Santos, durante a coletiva de imprensa sobre o evento, pela manhã, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Turismo

Segundo a São Paulo Turismo (SPTuris), a parada é o evento que mais atrai turistas para a capital paulista. Pelo menos 400 mil turistas vindos de todo o Brasil e do exterior lotaram hotéis da cidade. Pesquisa do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) indica que a festa irá gera à cidade uma receita de até R$ 200 milhões.

“O turismo GLS é um segmento que cresce no mundo todo e movimenta fortemente a economia dos destinos caracterizados pela diversidade, uma das facetas mais marcantes da capital paulista”,afirmou o diretor de Turismo e Entretenimento da SPTuris, Luiz Sales.

Para atender os estrangeiros, a Polícia Militar contará com policiais bilíngues que, além de garantir a segurança, serão responsáveis por tirar dúvidas de quem não fala português. Identificados com bandeiras dos países no uniforme, eles desenvolverão conversação em italiano, japonês, espanhol, inglês, francês e alemão.

Estrutura e segurança

Quem se sentir mal durante a festa poderá facilmente ser atendido. Haverá quatro postos médicos no trajeto: no Masp; na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação; no recuo do Cemitério da Consolação; e na Rua Maria Antônia. Cerca de 900 banheiros químicos, sendo 70 deles para deficientes, estarão distribuídos em todo o percurso.

A segurança dos participantes estará nas mãos de 3 mil homens, entre guardas-civis (700), policiais militares (1.300) e vigilantes particulares (1 mil). Eles atuarão para evitar qualquer ação homofóbica ou violenta que possa a vir ser praticada por grupos de intolerância –como a que aconteceu no ano passado, quando um homossexual foi agredido e morto durante a parada.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) está monitorando pela internet possíveis ações que estejam sendo feitas em sites contra a Parada Gay. Na mira dos policiais civis estão os Carecas, White Powers e Skinheads, maiores gangues de cunho homofóbico.

Ainda há a preocupação com a presença de punks, tradicionais rivais destes três grupos.
Geralmente, as gangues se concentram na Paulista, Consolação, Rua Augusta e região dos Jardins. “Vamos ficar de olho em toda pessoa que for suspeita de integrar esses grupos de intolerância. Pessoas com coturno, cabeças raspadas”, afirma a delegada Margarette Barreto, titular da Decradi. A equipe conta ainda com um álbum e diversas fotos cadastradas de integrantes das gangues que já tiveram passagem pela polícia.

A própria organização da parada alerta para possíveis agressões e pede aos participantes que evitem ficar nas ruas ao término do evento. “Incentivamos as pessoas a irem para casas noturnas e bares”, afirmou o presidente da APOGLBT, Alexandre Santos.

Transporte

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) irá realizar um esquema especial de trânsito. A Paulista será interditada, em ambos os sentidos, no trecho entre a Alameda Joaquim Eugênio de Lima e a Rua Peixoto Gomide entre as 10h e 11h30. A partir deste horário, a avenida será interditada, em ambos os sentidos, no trecho entre as ruas Peixoto Gomide e da Consolação.

A Consolação, por sua vez, será interditada a partir das 12h, em ambos os sentidos entre as avenidas Paulista e a Ipiranga; já a pista da esquerda, sentido Centro, será interditada entre as avenidas Ipiranga e São Luis.

A CET recomenda que o público utilize o transporte público para ir até a festa. No domingo, a companhia irá restringir o estacionamento de veículos nas ruas Cincinato Braga, São Carlos do Pinhal, Antonio Carlos, Bela Cintra e na Alameda Santos.

Por Carolina Iskandarian - G1 SP
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Geral
25/09/2018 | Golpe do ''motoboy'' é o crime da moda
25/09/2018 | Há quatro meses faltam medicamentos no SUS
25/09/2018 | Redução de pressão de água é eficaz, mas exige medidas, diz professor
As mais lidas de Geral
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7719 dias no ar.